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BRASÍLIA, DF, Brazil
Noiva do Francisco (até que enfim), Católica, Consagrada da Comunidade Católica Sagrada Família, Advogada, amante do mundo do casamento...... Sempre agitada, sempre correndo, sempre estresada, sempre cansada, sempre adiando, sempre esqueçendo, sempre amando, sempre perdoando, sempre Alexandra....

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


presépio é uma escola de vida

Por Padre Luizinho no dia dez 16th, 2009 sobre Sem Categoria.

O sinal mais significativo e bonito do Natal é o presépio. Quando criança no interior da Bahia via varias famílias se mobilizando para montar o seu na sala de sua casa, eu ajudava a minha irmã a fazer também o de nossa família. Nele os principais personagens daquela cena humilde e encantadora, Deus visita o seu povo. Colocávamos varias coisas que também falavam de nossas vidas. Depois de prontos as casas abriam suas portas para visitas de vizinhos e amigos e o Natal já começava a acontecer nos nossos corações e entre nós. Jesus quer nascer na manjedoura do seu coração, o menino Jesus era o ultimo a ser colocado naquele presépio, assim era a tradição, que neste Natal Ele seja o primeiro e o grande presente em nossas vidas e nossas famílias.

Palavra de origem latina, que significa “local onde se recolhe o gado”, o presépio é uma representação de cariz espiritual da cena do nascimento de Jesus, que assume contornos poéticos e bucólicos, em que não faltam animais de estábulo, pastores, anjos e reis magos.

Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a idéia de encenar o nascimento de Jesus, tal qual este se deu numa gruta em Belém. Existem registros de que o terá então feito, em 1223, numa gruta da cidade italiana de Greccio, para a qual, se diz, levou uma vaca e um burro e onde mandou instalar uma manjedoura, cheia de feno, para festejar a vinda do Filho de Deus à terra com as mesmas condições que rodearam o seu nascimento: pobreza, simplicidade, humildade, encanto e fraternidade de Deus com os homens. A sua intenção era dar um sentido de atualidade à Natividade e reviver a Eucaristia, trazer de novo o Evangelho para o espaço natural de vida dos homens. O presépio de S. Francisco não tinha, por isso, figuras, Jesus era representado pela hóstia. Veja o que disse o Papa Bento XVI sobre o presépio:

Caros irmãos e irmãs!

Já estamos no terceiro domingo do Advento. Hoje na liturgia ecoa o apelo do Apóstolo Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos… o Senhor está próximo” (Filipenses 4:4-5). A mãe Igreja, enquanto nos prepara para o santo Natal, ajuda-nos a redescobrir o sentido e o sabor da felicidade cristã, tão diferente daquela do mundo. Neste domingo, dando continuidade a uma bela tradição, as crianças de Roma trazem ao Papa, para que sejam abençoadas, as pequenas estátuas do Menino Jesus, que serão depois colocadas em seus berços. E, de fato, vejo presentes, aqui na Praça de São Pedro, tantas crianças e adolescentes, juntamente com pais, professores e catequistas.

Caríssimos, vos saúdo com todo o afeto e vos agradeço por terem vindo. Para mim é motivo de grande júbilo saber que em vossas famílias se conserva a tradição de montar o presépio. Porém, ainda que importante, repetir este gesto tradicional não é suficiente. É necessário buscar viver, na realidade do dia-a-dia, aquilo que o presépio representa, isto é, o amor de Cristo, a sua humildade, sua pobreza. Foi o que fez São Francisco de Assis em Greccio: representou ao vivo a cena da Natividade, para assim poder contemplá-la e adorá-la, mas principalmente para que pudesse saber a melhor forma de pôr em prática a mensagem do Filho de Deus, que por amor a nós despojou-se de tudo e se fez uma pequena criança.

A bênção dos “Bambinelli” – como se diz em Roma – nos lembra que o presépio é uma escola de vida, do qual podemos aprender o segredo da verdadeira felicidade. Esta não consiste de muitas posses, mas em nos sentirmos amados pelo Senhor, em doar-se aos outros e no querer bem. Olhemos para o presépio: Nossa Senhora e São José não parecem uma família de muita sorte; tiveram seu primeiro filho em meio a grandes dificuldades; e, no entanto, estão plenos de alegria interior, porque se amam, se ajudam, e, principalmente, porque estão certos de que Deus está a operar em sua história, o Qual se fez presente no pequeno Jesus. E quanto aos pastores? Que motivos teriam para se alegrarem? Aquele recém-nascido não mudará sua condição de pobreza e marginalização. Mas a fé os ajuda a reconhecer no “menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura”, o “sinal” do cumprimento das promessas de Deus para todos os homens “que são do seu agrado” (Lc 2,12. 14), inclusive para eles!

É nisto, caros amigos, que consiste a verdadeira felicidade: no sentir que nossa existência pessoal e comunitária é visitada e preenchida por um grande mistério, o mistério do amor de Deus. Para sermos felizes, necessitamos não apenas de coisas, mas também de amor e de verdade: necessitamos de um Deus próximo, que aqueça nosso coração, que responda aos nossos anseios mais profundos. Esse Deus se manifestou em Jesus, nascido da Virgem Maria. Por isso, aquele Menininho, que colocamos na cabana ou na gruta, é o centro de tudo, é o coração do mundo. Oremos para que cada homem, como fez a Virgem Maria, possa acolher, como o centro da própria vida, o Deus que se fez Menino, fonte da verdadeira felicidade.

Fonte: (ZENIT.org). - Publicamos o discurso proferido por Bento XVI neste domingo por ocasião da oração do Ângelus, junto aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

Oração: A Virgem dá hoje à luz o Eterno. E a terra oferece uma gruta ao Inacessível. Os anjos e os pastores o louvam, e os magos avançam com a estrela. Porque Tu nasceste para nós, Menino, Deus eterno! Hoje só será Natal se em ti e em tua família nasce de Maria o Senhor Jesus.

Clique em comentários e diga como você vive este tempo de Advento? Deixe suas orações.

Natal feliz é Natal com Cristo!
Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.


À espera do Natal

Natal é tempo de receber o Presente

Mal começa a preparação de uma festa, qualquer que seja, a febre das compras e das vendas incendeia o comércio. Comprar, para quem tem um bom poder aquisitivo, é fonte de prazer; e vender, para quem comercia, é fonte de lucro. O comércio é o lugar da troca. O dinheiro é o documento que, desde tempos muito antigos, simplificou esta coisa admirável de cambiar serviços e bens.

O papel-moeda, ou simplesmente, a moeda, dá ao portador o direito de receber algum bem ou serviço por já ter oferecido a outros algum bem ou serviço. Que invenção bonita é o dinheiro! O pedreiro, que assentou tijolos, leva consigo a nota de cem reais que comprova ter ele colaborado para construir o abrigo de uma família. Com esse documento nas mãos ele entra no supermercado e volta para a casa com a sacola cheia do alimento que garante a vida de seus filhos.

A sociedade atual, tão complexa, seria um caos sem o dinheiro. Mas como tudo que é sagrado pode ser corrompido, também o dinheiro, símbolo do suor de quem luta para sobreviver com dignidade, deixou de ser o que é: um facilitador da troca amorosa de bens e de serviços, para se tornar, na expressão de Marx, um fetiche.

A idolatria do dinheiro, a voracidade de tudo possuir, a insegurança de não ter e o medo de ficar sem, paralisam o que de melhor existe no ser humano: a alegria da reciprocidade. Há os que acumulam por acumular e morrem sem ter colaborado para a construção do bem comum através do dinheiro que ganharam. Há ainda os que assaltam, carregando títulos de serviços prestados por outros. Há os que dilapidam e se apropriam indebitamente desta coisa bonita, chamada imposto, e que deveria ser oferecida com a alegria de quem se coloca a serviço do bem comum. Mas há pessoas generosas, empresas conscientes de sua importância na construção da paz social, há uma economia de comunhão em andamento no mundo. Nem tudo está perdido.

Mas o que pensar das compras e vendas por ocasião do Natal? E dos presentes? Admirável comércio este que celebramos no Natal. Que troca estupenda! “Ele se fez pobre para nos enriquecer com Sua pobreza”. Seu presente é Sua Presença. Há filhos de pais ricos que ganham presentes, mas não recebem o mais desejado: a Presença, o diálogo, a troca amorosa. Natal é tempo de receber o Presente. Não precisa de dinheiro, basta preparar o coração. Ele veio a primeira vez na humildade, despojado de qualquer poder, em tudo igual a nós, – só não pecou e nem estava inclinado ao pecado –, para salvar-nos da desgraça que nós mesmos havíamos construído. Ele foi, desde a manjedoura, presença da infinita misericórdia de nosso Deus e Pai que n’Ele, seu Filho Unigênito, se curvou sobre nossa miséria e pequenez para envolver-nos em sua infinita ternura.

Os pastores, ao se abeirarem do Recém-Nascido, n'Ele viram uma pobre Criança como as que lhes nasciam em suas próprias casas. Leram-Lhe, entretanto, a infinita dignidade nos olhos enternecidos da mãe que, em profundo silêncio, contemplava no improvisado e pobre berço, envolto nos panos de nossa humana fragilidade, o mistério que lhe acontecera quando da anunciação do Anjo e que por nove meses ela abrigara em seu virginal ventre. Em tão adversas e inesperadas circunstâncias lhe nascera o Filho e sua alma continuou a cantar com igual alegria o hino de exultação pelo poder de seu Deus, que escolhera vir pobre entre os mais pobres. Dispersem-se os soberbos e caiam por terra os poderosos diante do mistério da onipotência amorosa de Deus, que vence todas as distâncias para mergulhar em nossa condição, – até a cruz – e deixar-se tomar pelas nossas trevas para iluminar-nos com Sua luz. Ele virá uma segunda vez para abolir definitivamente toda escravidão e instaurar o dia sem ocaso, só feito de luz, na justiça e na verdade, alegria eterna de um amor sem fim.

Entre a primeira e a segunda vinda estamos nós. Se acolhermos a mensagem da primeira, Ele faz morada em nós, com o Pai e com o Espírito, e nós poderemos já pré-gustar, no caminho, a felicidade da chegada e do encontro definitivo. Seja este Advento o tempo de meditar essas coisas e com Maria experimentar a verdade do Natal: encontro com o Deus que vem. Para isso, escutemos João Batista, pois ele é a “voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele.

Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas, as vias tortuosas serão endireitadas e os caminhos esburacados, aplanados. E todos verão a salvação que vem de Deus” (Lc 3,4-6). E João recomendava: “Quem tem duas túnicas, dê uma a quem não tem e quem tiver comida faça o mesmo...” E aos cobradores de impostos: “não cobreis mais do que foi estabelecido”...E aos soldados: “não maltrateis a ninguém, nem tomeis dinheiro à força...” (Lc 3, 10-14). Cada um de nós tem o que mudar na própria vida.

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues
Arcebispo de Sorocaba

18/12/2009 - 08h00

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