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BRASÍLIA, DF, Brazil
Noiva do Francisco (até que enfim), Católica, Consagrada da Comunidade Católica Sagrada Família, Advogada, amante do mundo do casamento...... Sempre agitada, sempre correndo, sempre estresada, sempre cansada, sempre adiando, sempre esqueçendo, sempre amando, sempre perdoando, sempre Alexandra....

terça-feira, 19 de junho de 2012

METÓDO BILLINGS


1. A POSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO DA VIDA NA UNIÃO CONJUGAL

A união conjugal tem, segundo o CIC (Catecismo da Igreja Católica), duas finalidades, como está disposto no §2369 - “Salvaguardando esses dois aspectos essenciais, unitivo e procriativo, o ato sexual conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade”. O aspecto procriativo diz respeito à multiplicação da espécie. O aspecto unitivo se refere à expressão de amor e prazer que o ato encerra, nas palavras de Pio XII, CIC § 2362: “O próprio Criador estabeleceu que nesta função (i.é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber manterem-se nos limites de uma moderação justa.”

Quando se fala em união conjugal, pressupõe-se que para ser moralmente lícita deve ser concretizada dentro de um Matrimônio, porque somente através desse Sacramento o corpo da esposa passa a pertencer ao esposo, e vice-versa, até que a morte os separe. Antes disso, os corpos dos solteiros pertencem somente a Deus. E, por outro lado, quando se comenta sobre as duas finalidades da união conjugal, não se deve agir como se elas fossem independentes uma da outra. Guilherme Gibbons e Dionísio Santamaría no livro “Integridade na Transmissão da Vida” observam que “o ato sexual matrimonial para ser legítimo e bom deve estar aberto à possibilidade da transmissão da vida”.

Explicam os autores citados que essa asserção não deve levar à falsa idéia de que a mulher tem de ter filhos ininterruptamente, posto que isso é impossível até na esfera biológica. Fisicamente, a mulher só estará aberta à transmissão da vida durante seu período de fertilidade, que dura de 3 a 8 dias em um ciclo menstrual. No entretanto, é o ato sexual que deve estar aberto à transmissão da vida sempre que for realizado e não a mulher fisicamente. Isso significa que as relações devem sempre ser consumadas com o depósito dos espermatozóides dentro da vagina da esposa e, claro, sem usar nunca métodos de anticoncepção artificial.

Logo, um casal, unido em matrimônio há 30 anos e que tem 5 filhos, supondo-se que nunca fizeram uso de nenhum meio anticonceptivo, estiveram abertos fisicamente à possibilidade de transmissão da vida somente cinco vezes e, nas outras vezes, estiveram sempre abertos à possibilidade da transmissão da vida desde que o ato sexual tenha sido consumado.

2. PATERNIDADE E MATERNIDADE RESPONSÁVEL versus ANTICONCEPÇÃO

A doutrina da Santa Igreja estimula a paternidade e maternidade responsável e prevê no §2368 do CIC – “Por razões justas (GS 50), os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral”.

O cerne da doutrina de vida cristã no que toca à questão do espaçamento gestacional dos filhos está consolidado no parágrafo anterior. O cuidado da Madre Igreja ao realizar essas pontuações está em manter o casal em sintonia com a finalidade do Matrimônio de abertura incondicional à transmissão da vida. Dessa forma, um exame de consciência deve ser realizado pelos esposos no que se refere às razões justas para regular a procriação, de modo que, se estas razões não estiverem presentes, o casal deve gerar um novo indivíduo para sociedade que deve ser a regra de um casamento e não a exceção.

Os motivos justos para espaçar uma gestação podem ser divididos em cinco categorias (cf.  Pe. Luís Carlos Lodi da Cruz em “Natal: a Salvação veio de uma gravidez não planejada”, citando Dom Rafael Llano Cifuentes):

  1. Perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
  2. Perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias;
  3. Razões econômicas e sociais: são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho, a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc;
  4. Motivos sérios, razoáveis: uma mulher casada ganha uma bolsa de estudos na Europa para tornar-se melhor capacitada para ajudar a Igreja, a sociedade, enfim, para fazer o bem e não poderia, por conta disso, durante esse período, conceber uma criança. Outro exemplo: um homem casado vai com a esposa morar nos EEUU durante o tempo em que precisa concluir um mestrado; mas, por ter poucas condições de sustento e ainda longe da família, procura espaçar a gestação;
  5. Razões psicológicas: estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez. Observe que se uma mulher, por capricho, não quer mais ter filhos, mesmo o casal tendo condições de receber uma nova criança em seu lar, não há motivos para espaçar uma gestação. No entretanto, se ela passa a chantagear o marido, dizendo a ele que sairá de casa se tiverem outra criança, ele, o marido, tem motivos para que haja espaçamento da gestação. Pode acontecer também da mulher ter motivos para espaçar a gestação por conta dos caprichos do esposo que pode chantageá-la  do mesmo modo.

Para regular o espaçamento gestacional, o casal deve se guiar pelos critérios objetivos da moralidade. Na Encíclica Evangelium Vitae (cf. n.14), escrita pelo Sumo Pontífice João Paulo II, o Papa da Vida, expõe-se claramente os modos que devem ser terminantemente evitados durante a regulação dos nascimentos:

  1. “É absolutamente de se excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção direta do processo gerativo já iniciado [pílulas do dia seguinte ou pílulas do aborto do dia seguinte] e, sobretudo, o aborto querido diretamente e procurado [químico ou cirúrgico], mesmo por razões terapêuticas;

  1. “É de se excluir (...) a esterilização direta, tanto perpétua como temporária, e tanto do homem como da mulher [Anticoncepcionais/ Laqueadura de Trompas/ Ligaduras de Trompas / Vasectomias];

  1. “É de se excluir toda ação que, ou em previsão do ato conjugal [camisinha/ diafragma / espermicidas], ou durante sua realização [coito interrompido / onanismo] ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais [geléias, espumas ou duchas vaginais], se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação.

É importante registrar uma observação sobre o método de laqueadura (ligadura) das trompas na mulher e da vasectomia (corte dos vasos deferentes por onde passam os espermatozóides) no homem. Através deles, o casal, comete o pecado de negar frontalmente o dom de conceber uma nova vida, posto que é uma cirurgia praticamente irreversível. Obviamente que é um mal menor do que o aborto ou do que um método dito “anticonceptivo”, mas que possa provocar abortos; porém, comete-se o pecado de lacerar um órgão sadio de um corpo que é templo do Espírito Santo. Deve-se ter em mente que não são as trompas uterinas que causam a gravidez, ou os vasos deferentes do homem, mas as relações sexuais em período fértil. Se as trompas uterinas de uma mulher estiverem sadias, funcionando em boas condições, não podem ser retiradas do seu organismo.

Muitas pessoas não compreendem a gravidade da laceração das trompas porque não sabem o valor da dignidade do seu corpo, o qual Jesus resgatou com a própria vida. Se alguém amputasse deliberadamente as mãos para perder a capacidade manual, muitos diriam que o sujeito não passa de um louco. Maior loucura, por outro lado, é cortar um órgão sadio e que está ligado à transmissão da vida de um organismo humano, pecado este mais grave do que qualquer meio anticonceptivo que não implique abortos. Um casal católico que tenha realizado laceração ou vasectomia deve se confessar por ter cometido o pecado da anticoncepção.

Os únicos métodos permitidos pela Igreja, quando há razões justas para se espaçar uma gravidez, são os meios de continência periódica porque respeitam as leis naturais do organismo humano. Se Deus, em sua infinita sabedoria, forneceu à mulher um período de fertilidade e outro de infertilidade, o casal pode, quando motivado objetivamente, abster-se nos tempos férteis para evitar a gravidez, mas não artificializar as leis da natureza humana para que prevaleça a infertilidade. Se o casal passar a utilizar algum método de continência periódica sem observar a razoabilidade dos cinco itens expostos anteriormente, também estará cometendo o pecado da anticoncepção. Sobre isso, explica o Pe. Luís Carlos Lodi da Cruz em “Natal: a salvação veio de uma gravidez não planejada”, referindo o então Cardeal Karol Wojtyla, futuro Papa João Paulo II, em sua obra Amor e Responsabilidade:
“A continência interesseira, ‘calculada’, desperta dúvidas. Ela, como qualquer outra virtude, deve ser desinteressada, concentrada na ‘retidão’ em si, não só na ‘utilidade’. [...] Se a continência deve ser virtude e não só ‘método’, no sentido utilitarista, não pode contribuir para a destruição da disponibilidade procriativa daqueles que convivem ‘maritalmente’ como esposos. [...] E por isso não se pode falar da continência como virtude quando os esposos aproveitam os períodos de infertilidade biológica unicamente para não ter filhos, e convivem só e exclusivamente nestes períodos para o próprio conforto. Proceder assim equivale a aplicar o ‘método natural’ em contradição com a sua natureza. Opõem-se tanto à ordem objetiva da natureza, como à essência do amor”.

Observem que, para o casal estar sempre aberto à possibilidade de transmissão da vida, deve respeitar o seu organismo e, se porventura uma criança vier até seus braços sem pedir licença, estarão também mais conformados em recebê-la com alegria. O historiador francês Pierre Chaunu poetiza: “Nenhuma sociedade pode contentar-se com os filhos desejados; necessita, primeiro e, sobretudo, dos filhos aceitados. O filho desejado não é o filho mais amado. Não se deseja um filho como se deseja um automóvel, uma roupa, um artefato; por uma razão muito simples: ninguém se separa de um filho como de um objeto. A relação que nos liga a ele durará por toda a vida. O risco de viver inclui o risco de transmitir a vida e isso requer aceitação do risco... Ora, no filho que vai nascer, tudo é novo, é um pouco de si mesmo, um pouco da pessoa que se ama e um ser totalmente diferente, como ele mesmo, uma centelha de eternidade”.

3. FILHOS: DOM MAIS EXCELENTE DO MATRIMÔNIO

Dom é uma bênção de Deus, não um objeto de enfeite, um sonho de consumo ou algo a ser obtido a qualquer custo. Gerar filhos é tornar-se co-autor com Deus, Senhor da Vida, de um espetáculo milagroso, pois o valor da dignidade humana é incomensurável.

Por essa dignidade inerente, a vida de um organismo humano deve sempre ser fruto da doação recíproca do casal, pois é um direito da criança ser respeitada desde quando existe, ou seja, desde o momento de sua concepção. Logo, os meios de obtenção de filhos através da fecundação in vitro, ou inseminações artificiais (sejam elas homólogas ou heterólogas), além de desrespeitarem o ato sexual que deve existir naturalmente para geração da prole, coisificam o homem, subjugando-o ao fruto da técnica, como se fosse um objeto de consumo: o filho é comprado, adquirido ou descartado até que o sonho do casal, a qualquer custo, se concretize. Porém este sonho, que é lícito, não deve ser conquistado por meios imorais que acabem por ferir o respeito devido ao homem em sua integralidade.

Quando o desrespeito aos filhos pelo próprio casal não se dá pelo fato de desejarem gestá-los a qualquer custo; ocorre, muitas vezes, quando desejam “evitá-los”. Ao optarem pelo uso das chamadas “pílulas anticoncepcionais”, muitos nem sabem dos riscos em que colocam as crianças que podem, mesmo assim, surgirem no seio materno. Santamaría comparou o uso das pílulas ao jogo perverso chamado “roleta russa” em que os participantes, dispostos em círculo com uma arma prôvida de uma única munição, entre seis tiros dados, pode ou não matar um dos presentes:

“O método anticoncepcional mais usado tem sido, e ainda é, a pílula. Há muitos agentes de pastoral que opinam que a pílula pode ser utilizada em casos extremos. Os jornais por todo o mundo notaram uma esperança de que o Papa, depois do Sínodo em Roma em 1980, mudaria o ensinamento da Igreja sobre a pílula. Os que esperam uma mudança na doutrina da Igreja referente à pílula o fazem por não entender a função da pílula e suas conseqüências físicas e morais. A pílula anticoncepcional funciona de três maneiras:

  1. Primeiramente, sua função principal foi considerada como a de impedir a produção (maturação) dos óvulos. Em tal caso a pílula, pelo seu mecanismo de enganar a pituitária com hormônios artificiais, dando-lhe a impressão de que a mulher estava grávida, produzia uma esterilização temporária. Nesse mês ou ciclo, a mulher não ovulava. Hoje em, dia, porém, devido à dose mínima, os hormônios artificiais na pílula não logram sempre produzir os efeitos de uma gravidez fictícia. A dose na pílula tem sido diminuída de tal modo, para evitar os seus efeitos secundários desagradáveis, que a mulher pode tanto ovular como não ovular em qualquer ciclo.

  1. O segundo mecanismo da pílula é o de afetar a mucosidade no colo uterino, fazendo-a tão viscosa que os espermatozóides não a penetram. Efetivamente, uma barreira é posta entre os espermatozóides na vagina e o óvulo na trompa de Falópio. Este mecanismo é anticoncepcional. Devido, porém, à baixa dosagem das pílulas atualmente utilizadas, não somente a mulher tem boa possibilidade de ovular, como também a mucosidade não está suficientemente alterada ao grau de impedir completamente a passagem dos espermatozóides, que assim podem chegar até o óvulo para fecundá-lo.

  1. O terceiro mecanismo de ação da pílula é o de alterar o endométrio, o que impossibilitaria a implantação do óvulo já fecundado. A companhia Schering, uma das maiores fabricantes de pílulas anticoncepcionais do mundo, diz que hoje em dia este é o mecanismo principal de ação da pílula. Impedir a implantação do óvulo já fecundado é impedir que a criança se desenvolva no útero. E se a criança não pode implantar-se, tem que cair. Isto equivale a um aborto provocado. Assim, é que a mulher que toma a pílula tem possibilidade de engravidar em qualquer ciclo. Contudo, a possibilidade desta gravidez desenvolver-se é mínima, porque a pílula pode ser abortiva em qualquer ciclo. Neste sentido, dar licença para tomar a pílula seria como dar permissão a um pai de família de jogar roleta russa com a vida de seu filho uma vez ao mês. Mais do que as enfermidades que traz a pílula às mulheres de boa saúde, há que se agregar os problemas psicológicos e morais. Existe o quinto mandamento que proíbe matar”.

Um casal que escolhe as “pílulas anticoncepcionais” como método contraceptivo, sendo católico, deve se confessar por ter cometido o pecado mortal da anticoncepção se não tem conhecimento de que tais pílulas podem ser um método abortivo; se o tem, devem se confessar por terem cometido, provavelmente, abortos, colocando a vida de seus filhos por nascer em risco.

Os anticoncepcionais, além de serem um mal para os filhos, podem fragilizar a saúde da mulher. Segundo um estudo da Dra. Evelyn Billings, associada à Ann Westmore, em “O Método Billings” (2004), o uso desses meios (pílulas ou injeções anticoncepcionais) predispõe a mulher à trombose, ataques do coração, hipertensão, derrame, doenças da vesícula biliar, tumores do fígado, deformidades congênitas, diminuição da qualidade e quantidade do leite materno, gravidez ectópica, câncer dos órgãos reprodutores, tumores do seio, irregularidades menstruais, infertilidade pós pílula, infecções, enxaquecas, náuseas, aumento de peso, diabetes, depressão, irritabilidade e perda de interesse sexual (frigidez).

4. MÉTODO DE BILLINGS

Diante do quadro de disseminação dos métodos e procedimentos abortivos, da cultura dos comprimidos e pílulas, os casais se vêem com uma série de opções para “evitar filhos” sem tomarem consciência de que, em muitos casos, implica aborto; n’outros, potenciais complicações para a saúde da esposa e, muito provavelmente, para a saúde da relação conjugal.

O Método de Ovulação Billings (MOB) é um meio de continência periódica que, utilizado por razões justas já comentadas no item 2, tem se mostrado como a solução mais eficaz para os anseios de um casal moderno que deseje se manter fiel aos ensinamentos da Igreja de Cristo.

A chave para compreensão do MOB se dá através da observação diária de um muco produzido naturalmente pelo organismo feminino (muco este que tem aparência e consistência de uma clara de ovo cru). A mulher pode, pelas sensações percebidas na vulva e provocadas por essa secreção natural, descobrir as características de infertilidade e fertilidade durante seu ciclo de menstruação. Abstendo-se no período fértil e mantendo relações no período infértil desde que o casal necessite espaçar a gestação de um filho.

A seguir, existem três quadros demonstrando, respectivamente, a vantagem do uso do método de Billings em relação ao método de Ogino Knauss (“Tabelinha”), da Temperatura Basal, e frente aos diversos Métodos Artificiais de Anticoncepção e Esterilização.

MOB versus Ogino Knauss (Tabelinha)
MOB
Ogino Knauss - “Tabelinha”
Diminui o período de abstinência entre os esposos: as relações são distribuídas ao longo do ciclo;
O Período de abstinência é maior;
Respeita a individualidade do ciclo de cada mulher (seja longo ou curto);
As regras desse método são padronizadas para um ciclo fixo de 28 dias;
Provê condições para fiscalização da saúde ginecológica em todas as fases de vida da mulher (adolescência, idade adulta, amamentação e menopausa).
Baseia-se somente na contagem que é arbitrária.

MOB versus Temperatura Basal
MOB
Temperatura Basal
A avaliação através das sensações produzidas pelo muco cervical é indicador de sucesso para fertilidade;
A avaliação da temperatura é mais complicada e pode ser um indicador falso de fertilidade;
A concentração do usuário na observação da sensação é mais segura e simples.
A concentração do usuário na observação da temperatura é menos segura e pode prejudicar na avaliação somente pelo MOB.

MOB versus Métodos Artificiais de Anticoncepção e Esterilizações
MOB
Métodos Artificiais e Esterilizações
Não retira a fertilidade da mulher nem do homem;
Retira a fertilidade (temporária e/ou permanetemente) da mulher e/ou do homem;
Provê o conhecimento do dia da concepção de um filho e do dia do parto;
Pode provocar o aborto na primeira semana de vida deste mesmo filho;
Não produz efeitos danosos para a saúde da mulher;
Produz vários efeitos daninhos para saúde da mulher e filhos;
Altamente eficaz (97%) segundo a OMS, quando as regras do método são obedecidas;
Eficácia extremamente variável, dependendo do método artificial;
Não é necessário nunca mutilar órgãos saudáveis de um corpo que é templo do Espírito Santo;
A laceração mutila as trompas saudáveis. Na vasectomia, corta-se o canal deferente;
Não é necessário introduzir substâncias físicas/químicas no útero da mulher.
Os Dispositivos Intra Uterinos (DIU) podem causar Doença Inflamatória Pélvica (DIP) e, conseqüentemente, esterilidade.


A fidelidade e conseqüente estabilidade dentro de um casamento para aqueles dispostos a utilizar o Método de Billings são valores menos difíceis de vir a degradar-se, posto que obedecidas são as leis da natureza humana desde o momento da transmissão da vida que é sagrada, esta consciência é o fulcro para que se vença qualquer desafio, nas palavras do Dr. John J. Billings:

“Durante o ensino do Método de Ovulação Billings, um conhecimento simples, mas vital, está sendo fornecido, e, com a sua prática, uma segurança e um novo senso de dignidade pessoal é adquirido por ambas as partes. Agora que a mulher tem aprendido a acreditar em si mesma, ela adquire respeito por si própria. Conseqüentemente, ela pode exigir ou esperar respeito por parte do seu esposo, que também, a esta altura, está bem informado. Ambos desfrutam agora do controle da sua fertilidade com segurança. Usando este conhecimento com um comportamento racional, o marido demonstra o seu autocontrole, o quanto ele merece confiança como marido fiel e, também, uma apreciação profunda de sua esposa. Juntos, eles aprendem a se amar um ao outro, no que a natureza humana tem de melhor. É este amor inabalável que será a sua defesa durável contra todas as dificuldades que poderão surgir durante a vida. É esta solidariedade no amor que fornece à prole tanto uma segurança acima de qualquer preço, quanto uma herança e visão para o seu próprio futuro e àquele de seus próprios filhos”.

O desejo ao bem e a um futuro melhor para os filhos não pode ser conseguido com medidas que pervertam os valores morais e atitudes que os desprezem de fato.

5. PROBLEMÁTICA: COMO CONVENCER OS FIÉIS A SEREM USUÁRIOS E PROMOTORES DO MOB?

O Brasil é um dos países com maior concentração de católicos no mundo. Concomitantemente, ainda há muitas tradições no povo ligadas a superstições e a uma compreensão deficiente da fé católica. Alguns mal sabem que a Igreja condena o uso de métodos de anticoncepção artificial ou qualquer outro de esterilização ligado a cirurgias que lacerem partes de órgãos sadios de um corpo que é templo do Espírito Santo e, portanto, sagrado. Ainda que as informações sobre alguns métodos que orientem a continência periódica sejam conhecidas, simultaneamente, são desacreditadas.

Entretanto, pelo simples bom senso, o homem sabe que drogas responsáveis por modificar as respostas hormonais correntes de um organismo saudável, a fim de viciá-las, não podem estar isentas de efeitos colaterais. Freqüentemente, inclina-se para alguma outra solução que não interfira no funcionamento natural do seu organismo, logo porque mais aspectos negativos começam a ser melhor conhecidos atualmente, depois de tantos anos de institucionalização da pílula nas famílias pelo mundo a fora. Enquanto isso, o método que respeita o funcionamento natural do organismo humano, MOB, conta, segundo estudos da OMS (Organização Mundial de Saúde) em cinco países, com 97% de eficácia quando os casais estão fortemente motivados a espaçar gestações, seguindo, com disciplina, as regras propostas.

A taxa de continuação do método (de pessoas que iniciaram o uso e perseveraram), segundo informações científicas coletadas no próprio livro da Dra. Evelyn Billings, chegou a 98% após quatro anos de estudo em Melbourne (Austrália) com mulheres pré-menopáusicas, 80% após um ano na Índia, 99% após um ano e meio em outro estudo na Índia, e 70% após dois anos em uma pesquisa nos EEUU (Estados Unidos).

O problema, dessa maneira, está na forma como essas informações são repassadas e na falta de motivação e oportunidade (educadores dedicados) para que os casais ao menos tentem iniciar o método. Crenças errôneas em torno da abstinência são, com freqüência, repassadas à sociedade que idolatra o hedonismo através dos meios de comunicação em massa e a realidade é, mais uma vez, mascarada, como expõe o livreto castelhano sobre MOB produzido pela fundação “Carvajal”, com tradução livre:

“Há muitas crenças falsas sobre a abstinência de relações sexuais e, por isso, os esposos (e também algumas esposas) em muitas ocasiões crêem que não é possível praticá-la ou que, ao fazê-lo, trará conseqüências negativas. Estas crenças não correspondem à verdade dos fatos. Precisamente é o contrário: não colocar pausas ao exercício da sexualidade, quer dizer, a incontinência, produz, freqüentemente, sérias conseqüências negativas para a pessoa em relação consigo mesma, com os demais e, em especial, com referência à sua vida como membro de um relacionamento”.

O MOB possui muitos aspectos positivos que devem ser considerados para que as dificuldades construídas em torno da abstinência sejam superadas, o casal mude determinados hábitos e seja obediente às regras de uso. O método não retira a fertilidade da mulher nem do homem; o conhecimento do dia exato da concepção faz com que a data do parto seja calculada precisamente, evitando ansiedades inúteis para o casal sobre o dia do nascimento do filho; não produz efeitos daninhos para a saúde e é altamente eficaz quando as normas são seguidas. Com o uso desse método, a mulher não toma hormônios ou drogas, nem necessita introduzir substâncias químicas no seu corpo; não se mutilam órgãos, nem se atacam as crianças nas primeiras etapas de seu desenvolvimento para destrui-las; comunica aos casais informações preciosas sobre o funcionamento do seu organismo, ajudando no diagnóstico de perturbações ginecológicas; permitindo-os tomar consciência do potencial de sua fertilidade; pode ser utilizado tanto para espaçar a gravidez quanto para consegui-la; estimula a comunicação e o diálogo entre os cônjuges e, assim, um melhor conhecimento mútuo; logo: é um método barato, eficaz e sem efeitos colaterais.

Pelo seu enfoque educativo, dão aos casais um estímulo para superações individuais e, potencialmente, para se tornarem educadores de outros casais. Se as corretas informações forem transmitidas e houver um grupo de instrutores acompanhantes dos casais para que sejam orientados, muitas pessoas de boa vontade irão se interessar pelo método e multiplicar aderentes através do exemplo e aconselhamentos, tal qual já acontece em vários lugares do mundo.

A qualquer potencial usuário do método de Billings, é importante frisar que este método se fundamenta na compreensão mútua. “Billings” é uma aposta no amor em um ser que é criado para amar: o homem, imagem e semelhança de Deus. O resgate dessa realidade necessária entre um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio é a principal finalidade desse meio de continência periódica, posto que sem amor, que também é sacrifício, não existe possibilidade de segui-lo.

A este propósito, diz o Reverendíssimo Cardeal Alfonso López Trujillo, no documento “Sexualidade Humana: Verdade e Significado”, de 1995, que uma sexualidade verdadeiramente humana deve ser elevada e integrada pelo amor como doação e acolhimento, dar e receber. Quando há falta desse sentido, surge uma civilização que não é fruto do amor, mas onde as pessoas são “coisificadas”, usam-se como se usam as coisas: “no contexto da civilização do desfrutamento, a mulher pode tornar-se para o homem um objeto, os filhos um obstáculo para os pais”.

O MOB é um caminho para conservar a doação sexual como conseqüência do amor, “no qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte”. Além disso, o método preserva a abertura à vida, posto que a relação sexual não se esgota entre os dois, mas os habilita, conservando a saúde do casal à cooperação com Deus para o dom de um novo ser humano.

6.  OBJETIVOS

Objetivos Gerais: Divulgação, na sociedade, da eficácia do MOB: entre profissionais da saúde; universidades, paróquias, escolas e movimentos católicos.
Objetivos Específicos: atingir o público alvo através da divulgação e de orientação de como se utilizar o método para:
1. Noivos;
2. Usuários sem uso e após uso contraceptivo;
3. Usuários em preparação para o parto e em período de amamentação;
4. Usuários em pré-menopausa;
5. Para fins de Conhecimento da Fertilidade (CF).

7.  METODOLOGIA

Um trabalho de conscientização geral deve ser realizado para que os fiéis da Igreja se interessem por estudar o MOB, a fim de serem, num futuro próximo capacitados como usuários e/ou instrutores.

Os Instrumentos a serem utilizados passarão por uma prévia de implementação e três etapas:

1.Fase prévia de implementação: deve ser realizada com os indivíduos interessados em se tornarem instrutores do método que deverão formar um grupo de estudo com encontros semanais regulares. O ideal seria uma equipe contendo direcionamento para as seguintes áreas: educativa, médica e psicológica.

2. Primeira etapa: essencialmente de divulgação, será necessário um trabalho de palestras sobre sexualidade humana (para CF), MOB e panfletos explicativos para os fiéis católicos. Durante essa fase, serão coletados os nomes, telefones e endereços dos mais interessados em conhecerem e utilizarem o método.

3. Segunda etapa: será marcada uma primeira consulta de orientação individual com o casal e/ou a mulher potencial usuária; colhidos, em grande parte, da primeira etapa de divulgação. O acompanhamento de noivas deve ser realizado por até 6 meses antes do matrimônio. As potenciais usuárias gestantes que se interessarem podem gozar de atendimento domiciliar durante o fim da gestação, pós-parto e amamentação. Os orientadores, de qualquer modo, devem alertar para a importância da cooperação mútua que o casal deve construir, além das previsões de acompanhamento seguintes com esses instrutores, que reforçarão sobre a imprescindibilidade da anotação diária registrada pela mulher e o amor verdadeiro que devem cultivar na relação.

4. Terceira etapa: consiste na manutenção do método àqueles que já o estão utilizando através da perseverança no trabalho que já vem sendo realizado, além da capacitação e reciclagem de instrutores por Cursos de Formação e motivação dos casais usuários através de um trabalho de aconselhamento familiar de cunho católico.

8. TESTEMUNHO

Elisete Aparecida Ribeiro:

Quando estávamos para nos casar, começamos a pensar no que iríamos fazer, pois não queríamos ter, irresponsavelmente, um filho atrás do outro. Não queríamos usar nenhum tipo de método que prejudicasse a nossa saúde e que fosse contra o que nos pede a Santa Igreja. Foi quando ouvi falar sobre o Método Billings. Conversei com o Marcos, que até então era meu noivo e ele, mais que depressa, comprou para mim um livrinho que explicava o método.

Juntos, lemos o livro e a primeiro momento nos pareceu algo bem simples, mas ainda nos questionávamos se daria certo (uma vez que não tivemos nenhum acompanhamento e não conhecíamos ninguém que utilizava o MOB). Desde então comecei a me observar (antes mesmo de me casar). Não foi difícil. E eu sempre partilhava com o Marcos.  Casamos e começamos a pôr em prática o que ainda era teoria. Não foi complicado utilizar o MOB, mesmo no início do casamento. Já no 3° mês de casados, resolvemos que seria bom termos um filho e ficamos grávidos no mesmo mês em que tivemos o ato conjugal no meu período úmido (fértil). Nasceu o Matheus, nosso primeiro filho e começamos novamente usar o método.

Certo dia resolvemos interromper meu dia fértil e foi certo: ficamos grávidos novamente! Foi um ato pensado e sabíamos da conseqüência.  Quando o Matheus fez 1 ano e 11 meses nascia a Mariana que hoje tem 7 anos. Lembro-me que foi um tempo difícil pois o Matheus nasceu com alguns problemas de saúde e o nosso médico quase que nos obrigou a tomar a pílula para que eu não engravidasse novamente. Após o nascimento da Mariana, a mesma coisa. O médico insistiu para usar a pílula afirmando que se eu não usasse eu engravidaria de novo rapidamente. Porém, passou-se 7 anos! Agora, sete anos depois da Mariana, estamos grávidos novamente. Sabíamos que eu estava em meu período fértil e... em breve a família aumenta, graças a Deus!

Não é difícil usar o MOB. É claro que muitas vezes temos que conter nossos impulsos e desejos para nos abster nos dias férteis. Mas graças a Deus eu e meu esposo conversamos bastante sobre isso e nos entendemos. O Marcos é compreensível e juntos, conseguimos fazer a vontade do Senhor não ir contra a vida e contra também ao nosso próprio corpo. Assim, não corremos o risco de ter problemas com o nosso organismo por causa de pílulas e todos outros métodos contraceptivos que vão contra a vida.  O método é natural e eficaz. Vale a pena usar. Não tem contra-indicação!


9. PRIMEIRA CONSULTA: ENTREVISTA INDIVIDUAL COM A MULHER OU CASAL
(por Rosy Mito, Instrutora do MOB no Rio Grande do Sul)

1. Nome completo:

2. Idade:

3. Estado civil:

4. Filhos:

5. Você já tomou pílula?

6. Caso já tenha tomado: por quanto tempo? Há quanto tempo parou?

7. O que você sabe do seu ciclo menstrual?

8. Já ouviu falar sobre o muco?  O que você sabe a respeito?

A mulher é alertada para começar a análise do seu muco através das anotações diárias no mesmo dia da primeira consulta. Um próximo atendimento será realizado, de modo geral, dentro de 15 dias para análise do gráfico que ela tenha registrado durante esse período, também recebe mais orientações personalizadas. As consultas serão sempre individuais (instrutor/usuário) com a mulher e/ou o casal, marcadas quinzenalmente em princípio e mensalmente em uma segunda fase, quando a confiança adquirida pelo casal aumenta.

10.  ORIENTAÇÕES INICIAIS SOBRE MUCO

(Fonte com tradução livre, baseado em: http://www.puc.cl/sw_educ/enferm/metodos/gen/html/gen.htm)

1. Quando e Como se realizam as observações das mudanças que se produzem nos genitais externos?

O mais importante é que a mulher perceba a sensação espontânea de umidade ou secura a nível de vulva. Para evitar confusão na observação, recomenda-se:

1.Prestar muita atenção à sensação de umidade ou secura vulvar que se percebe durante os afazeres diários;
2. Não realizar exames vaginais;
3. Não observar diretamente com os dedos;
4. Não basear as observações somente no que se vê na calcinha, posto que a sensação é mais importante.

2. Quando se realiza a observação das mudanças que se produzem na vulva?

A mulher deve observar-se nas seguintes situações:

1. Ao longo do dia, ao realizar suas atividades habituais;
2. Cada vez que vai ao banheiro.

3. Como se descrevem as observações?

Para alcançar um bom autoconhecimento da fertilidade, é fundamental o uso de uma linguagem própria para descrever as observações, o que posteriormente facilita sua interpretação. A usuária dará o nome que lhe convier ao que estiver sentindo e a instrutora deve saber auxiliá-la.

4. As características do muco:

Quando o muco começa, a mulher percebe uma mudança na sensação vulvar e pode identificar as características do muco que possui a aparência e consistência de uma clara de ovo cru, podendo se estirar. A distribuição do muco de cada mulher é pessoal, e não pode ser determinado com antecipação. De qualquer modo, o mais importante a determinar é a sensação que o muco produz, a usuária deve registrá-la sempre em comparação com o percebido no dia anterior; essa diferença, dia após dia, notificada através de um bom registro, faz com que ela perceba a evolução dos acontecimentos em seu organismo.

5. Como diferenciar o muco de outras sensações?

Existem três tipos de secreções não-patológicas que podem produzir mudanças nas percepções dos sinais identificados na vulva. Estas são:

1. Secreção vaginal: define-se como uma secreção branca cremosa que não estira, diferente do muco cervical que se distende. Neste caso, deve-se descartar uma secreção patológica, secundária à infecção ou inflamação;
2. Secreção produzida por excitação sexual: esta secreção se produz nos genitais externos da mulher e na vagina, em resposta à estimulação sexual física ou psíquica. É muito lubrificante, mas tem menos consistência que o muco cervical, pois desaparece rapidamente. Se a mulher a observa e está segura do que é, pode ignorá-la. Se está com dúvida, deve descrevê-la segundo suas características e considerar-se fértil;
3. Sêmen: esta secreção que é produzida pelo homem e eliminada durante a ejaculação na vagina da mulher, pode produzir “dúvidas” ou “alteração” na observação que a mulher realiza.


11. ORIENTAÇÕES PARA MULHERES QUE DESEJEM DEIXAR A PÍLULA E DOIS TESTEMUNHOS

O primeiro passo para a mulher que decide usar o MOB e deixar a pílula é abandoná-la. Não precisa esperar até o término da série de comprimidos. Durante um mês, realizará o registro diário do muco em total abstinência, evitando qualquer contato genital. No próximo mês, já estará apta a aplicar as regras do método.

Ela deve ser alertada para o possível sangramento que ocorre imediatamente após a suspensão da pílula, devido à remoção rápida dos hormônios sintéticos. O próximo sangramento pode acontecer um mês depois. Geralmente, a ovulação volta depois de uns poucos ciclos. Mas ela deve estar sempre alerta para os sinais de fertilidade mesmo no primeiro mês de registro do gráfico.

Provavelmente, durante o primeiro mês de registro, ela reconhecerá um padrão de muco que indica infertilidade (seco ou fluxo constante): a mudança nesse padrão pede a abstenção do coito até por três dias depois do ápice que normalmente é identificado por mulheres que deixaram a pílula após uns poucos ciclos.

Quando essa mulher não ovula, de dez a dezesseis dias após a mudança de sensação, perceberá que não virá uma menstruação.

O casal deve ser motivado a persistir no uso do método, devido as vantagens que traz: a mulher não sofrerá mais dos efeitos colaterais da pílula e responderá bem quando aprende o MOB: infecções vaginas provocadas pelo uso da pílula desaparecerão, haverá uma melhora psicológica e no seu estado de ânimo porque o comprimido dito anticoncepcional contribui para irritabilidade, depressão, dor de cabeça e perda da libido, além do mais, o seu marido ficará contente porque ela estará novamente em bom estado de saúde e de espírito.

Eles devem resistir à tentação de aumentar as oportunidades para o coito pelo uso de métodos de barreira no período fértil, pois confundirá a interpretação do muco. O casal deve utilizar ao máximo os períodos inférteis como recompensa pela paciência e compreensão durante o período pré-ovulatório e de fertilidade.

O testemunho de Eliete Mello Santos de Castilho (05/12/2006) , disponível em << http://www.cleofas.com.br>>,  que trocou a pílula pelo MOB é bem ilustrativo:

“Meu nome é Eliete e o meu esposo se chama Jaime. Temos dois filhos Gustavo (14 anos) e Gabriel de (3 anos e 8 meses) e estou grávida de 1 mês. Conheci este maravilhoso método através do Programa ‘Trocando Idéias’. Eu não tinha a menor idéia que existisse uma maneira tão fácil e natural de programar uma família. Desde o primeiro instante, fiquei maravilhada e fui atrás de algo que pudesse me ajudar, pois eu estava decidida a não tomar mais anticoncepcionais (embora o meu filho Gabriel tivesse apenas 9 meses de vida).

Aluguei uma fita das Paulinas e assisti 5 vezes, comprei o livro e o li até aprender. Conversei com o meu esposo, expliquei o método e ele aceitou que fizéssemos a experiência. O resultado foi fantástico. Estamos com 15 anos de casados, mas parece que o nosso amor é o mesmo de quando nos conhecemos e começamos a namorar há 17 anos atrás. Acabaram-se os problemas de falta de desejo sexual de minha parte, pois o anticoncepcional inibe este desejo na mulher.

Hoje sou muito mais calma e tranqüila. A nossa convivência matrimonial hoje é muito mais gostosa e creio que nossos filhos sentem isso e se alegram muito. Tenho ensinado este método a muitas pessoas, inclusive algumas irmãs evangélicas que se encantam ao conhecê-lo.

Infelizmente há aqueles que não acreditam. Mas o resultado do trabalho que tenho feito está sendo positivo. Todas as pessoas que se aproximam de mim, acabam por conhecer este método. Muita coisa mudou em nossa vida. Inclusive, nós queríamos ter 3 filhos e agora queremos 4, pois descobrimos ainda mais o grande Amor de Deus por nós e pelos nossos filhos.

Até meu filho de 14 anos disse que, quando casar, quer aprender este método para poder utilizá-lo. Quero agradecer a Deus e à Canção Nova por ter me dado a oportunidade de conhecer este método e assim programar a minha família.

No dia 12 de dezembro, completam 3 anos que eu uso este método. Deus abençoe a todos.”

Outro depoimento (01/03/2007) interessante, disponível na Comunidade Shalom <<http://www.comunidadeshalom.org.br/_formacao/print.php?form_id=1623>> é o de Lúcia de Fátima Studart Meneses, consagrada na Comunidade de Aliança Shalom, percebe-se que o MOB fez bem tanto ao casamento quanto à visão positiva da vida e dos filhos como bênçãos de Deus:

“Fui conquistada pelo Billings: Falar sobre o método Billings, para mim, é algo muito prazeroso, pois ele foi um marco na minha caminhada espiritual. Deus se utilizou dessa desculpa para me chamar definitivamente à luz.

Em 1990, meu esposo e eu fizemos o Seminário de Vida no Espírito Santo promovido pela Comunidade Face de Cristo. Iniciava-se aí uma obra em cada um de nós. Porém, em 1993, quando fizemos um curso sobre o método Billings, ministrado pela Ir. Martha Sílvia Bhering, presidente da CENPLAFAM, algo mudou. Eu não imaginava nem de longe o que isso iria influenciar na minha vida pessoal e no meu matrimônio. Na verdade, eu adotei o método pelos benefícios que ele traria à minha saúde, pois na época tomava pílula, o que me dava náuseas e irritabilidade. Porém, além de me livrar desses males, pude notar ao longo do tempo o quanto meu esposo e eu havíamos crescido no diálogo e na busca de Deus.

Fui conquistada pelo Billings! Lia tudo sobre esse método. Descobri, admirada, o zelo da Igreja e me senti muito amada por saber que em 1968, quando eu ainda era uma criança, a Igreja havia se pronunciado a respeito da regulação da natalidade através da Encíclica Humanae Vitae. A vontade que eu tinha era de bradar ao mundo a minha grande descoberta, e ficava querendo que todos os casais também descobrissem essa mina de ouro. Percebi também que tudo isso era uma graça de Deus e que, embora soubessem, muitos não conseguiam abraçar o ensinamento da Igreja.

Costumo dizer que a sexualidade, assim como o bolso, é uma das últimas áreas a ser tocada, pois mais facilmente entregamos nossa vida, nosso trabalho, nossos filhos, mas nessa área não damos espaço para Deus. Confiamos mais na pílula, no DIU, na camisinha etc. Afinal, não queremos “arriscar”. Mal sabemos o grande bem preparado para aqueles que se arriscam em Deus. Por pura misericórdia, Ele nos quis tocar nessa área. Não por sermos os melhores, mas exatamente por necessitarmos muito.

Continuamos até hoje em um eterno aprendizado, porém, olhando para trás, podemos constatar algumas consideráveis melhoras. É inegável que devemos primeiramente a Deus e ao método Billings o nosso amadurecimento no amor e na unidade.

Temos quatro filhas, todas nasceram de parto cesário. Quando conhecemos o método Billings, já tínhamos duas filhas. Dois anos depois nós, conscientemente, quebramos as regras e engravidei. Lembro o quanto fomos criticados. As pessoas faziam “brincadeirinhas de mau gosto”, tipo: “Foi o Billings?”. Os comentários sempre culpavam o método Billings, como uma forma de dizer que era falho e por isso não o adotavam. Mas eu sabia, e sei, “em quem pus minha confiança”. Apesar das críticas, continuamos firmes.

Numa confissão, Deus me pediu mais um filho. Rejeitei a idéia, pois não estava nos meus planos ter quatro filhos. Mas foi se realizando uma obra de docilidade em meu coração. No prazo de um ano, Ele me convenceu. Lembro, emocionada, o dia em que resolvemos presentear a Deus com o nosso sim e receber dele a nossa tão amada filha. Não dá para descrever a alegria que sentimos durante o nosso ato conjugal sabendo que ali, naquele momento, mais uma vida era criada. No dia oito de setembro de 1996 ela foi concebida, no dia 18 de maio de 1997, dia de Pentecostes e aniversário do Papa João Paulo II, ela nasceu. Quando vejo uma grávida, alegro-me e vejo mais uma guerreira pela vida, pois hoje carregar um filho no ventre é um grande desafio.

Gosto sempre de encorajar as gestantes a não se abaterem com a mentalidade da cultura de morte, mas a se sentirem gratas a Deus pelo grande dom que é a maternidade. Rogo a Deus que faça mais corações dóceis à sua vontade de adotar o método Billings e que divulguem essa grande graça”.


12. ORIENTAÇÕES PARA MULHERES NO PERÍODO DA AMAMENTAÇÃO E TESTEMUNHO

Se você já era usuária e sabe identificar o seu PBI, lembre-se: você passou por um parto e está amamentando, agora o hormônio que está em ação é a prolactina, ela inibe a ação do ovário, porém vai depender do estímulo que o seu bebê dará ao sugar o seu seio para manter os níveis altos deste hormônio que manterá a infertilidade. Porém, a mulher deve manter ‘um olho no bebê e outro na sensação que o muco dá!’. Significa que deve manter seu gráfico e fazer boas observações.

Após terminar o sangramento, identificar o seu PBI (se for seco, tudo bem – pode reiniciar suas relações em noites alternadas – isto é – não seguidas). Se o PBI for de umidade constante, deve fazer observações por duas semanas ainda em ‘silêncio genital’ para identificar se o que sente é igualzinho dia após dia. Se concluir que o que você observa não apresenta evolução, não há mudança, então você pode saber que o seu padrão é de umidade constante, podendo reiniciar suas relações em noites alternadas.

Quando o seu padrão mudar, você deve esperar e ver se mantém ou se evolui como no período fértil (antes da gravidez), aplicando a regra do ápice e continuando em noites alternadas.

Na amamentação: o que importa é amamentar à livre demanda (sempre que o bebê quiser e não deixar ultrapassar 3h). Quando o bebê está no seio, ele vai sugar um pouco, depois vai parecer que ele deixou de mamar, porém ele está só engolindo o leite que está jorrando porque o hormônio ocitocina faz a ordenha da mama ao mesmo tempo que contrai o útero. Por isto, a mulher sente cólica. Deixe que seu bebê mame até que ele solte espontaneamente o seio.

O tempo de cada mamada vai de aproximadamente 40 a 50 min. Você deve tomar pelo menos 3 copos d’água (1 antes, 1 durante, 1 depois).

Dicas sistematizadas:

1.Iniciar o registro das observações imediatamente após o término do sangramento; 2.IMPORTANTE: bebê no peito e olho no muco (lembre-se que a ovulação vem primeiro que a menstruação).
3.Amamentar exclusivamente, isto é: excluir qualquer outro alimento, mesmo que seja água, chás, etc; oferecer o seio sempre que o bebê quiser, deixar que o bebê largue espontaneamente a mama, respeitando o tempo do bebê. A mamada deve durar aproximadamente 40 minutos;

Regras:

1.Identificar o padrão básico de infertilidade (P. B .de I), que pode ser de secura ou de umidade constante;
2.P. B. de I. de secura: relações em noites alternadas. P. B. de I. de umidade constante (aquela umidade que é igualzinha dia após dia): fazer silêncio genital, observar durante 14 dias para ter certeza de que não ocorre qualquer mudança. Se não ocorrer mudança na observação: reiniciar as relações em noites alternadas;
3.Evite contatos genitais nos dias de muco, umidade, ou sangramento e após identificar o retorno ao P.B. de I. aplique a regra do ápice, (1, 2, 3 reiniciando os contatos genitais a partir da noite do 4º dia, e continuando em noites alternadas);
4.Lembre-se sempre:
•Você está na fase pré-ovulatória – portanto deve aplicar a 1ª regra do Método de Ovulação Billings, relações somente à noite e em noites alternadas;
•A amamentação é muito importante para o bebê, amamente o máximo que puder; Tome bastante água, evite café, refrigerantes, álcool...;
•O bebê precisa de carinho e paciência, é importante espaçar a próxima gestação, para dar atenção ao bebê, então, é importante aplicar corretamente a regra, ao aparecimento de qualquer sinal diferente como: umidade, pequenos sangramentos intermitentes, fazer o silêncio genital e aplicar a regra do ápice, continuando após com a regra das noites alternadas;
•Sempre que surgir dúvidas, não exite, procure sua instrutora, no seu caso, pode estar passar suas observações por e-mail, estou enviando mais informações sobre o MOB.”

(Heloísa Pereira do CENPLAFAM de São Paulo).

No livro da Dra. Evelyn Billings, existe um depoimento no capítulo X do uso do MOB durante o período da amamentação, vale à pena ler:

“Minha menstruação voltou só quando minha primeira filha, Maria, estava com dezesseis semanas (3 meses e 12 dias) . Após o tempo do desmame, aos nove meses, houve quatro ciclos, o primeiro com duração de quarenta e três dias, depois trinta e nove, trinta e oito e trinta e seis. Ao terminar o desmame, voltei ao ciclo normal de vinte e oito dias.

Maria dormiu toda a noite desde dez semanas e começou uma dieta educacional aos três meses e meio. Tendo tido sucesso com Maria, não duvidei da minha habilidade de lograr o mesmo com Lucy. Entretanto, não calculei bem as necessidades da criança de dois anos quando tratava de amamentar a nova. Lucy teve leite materno somente até seis meses. Comecei a desmamá-la aos oito meses. Foi nesse tempo que veio o meu primeiro período. Quarenta e três dias depois houve o meu segundo período. Desde então, os ciclos voltaram ao costumeiro.

Quando Lucy fez três anos, chegou Lorena. Aprendi o Método da Ovulação durante o tempo de amamentá-la. Ela era um nenê que quase nunca dormiu. Seu padrão habitual era de freqüentes mamadas pequenas. Recordou-me os cachorrinhos de Pavlov: cada vez que tocava o telefone, ela pensava que era hora de comer. Estas mamadas freqüentes me mantiveram infértil por dezessete meses e meio. Não alimentei esta criança com sólidos até seis meses, e até esse tempo não notei nenhum muco; depois, notei pequenas quantidades só em raras ocasiões.

É de lembrar que quando Lorena fez doze meses tivemos umas férias, viajando por duas semanas numa caravana. Como ela ficou mais irritável no carro enquanto estávamos viajando, amamentei muito mais amiúde durante essas duas semanas com o resultado que eu fiquei inteiramente sem muco nessa quinzena. Contudo, quando as férias terminaram e voltamos à normalidade, comecei novamente a ter pequenas quantidades de muco de vez em quando. Era possível predizer minha primeira menstruação, reconhecendo o sintoma do Ápice após dois anos sem menstruar, incluindo o tempo da gravidez. Nessa época, quando meus períodos voltaram, Lorena deixou de mamar durante o dia, mas continuou a mamar ao deitar por mais doze meses. Então, quando ela fez dois anos e meio, ela e eu tivemos uma longa conversa e ela aceitou desmamar.”


13. ADENDOS: MADRE TERESA DE CAULCUTÁ E PE. LUÍS CARLOS LODI DA CRUZ

Madre Teresa de Calcutá e a Paternidade e Maternidade Responsável
Proferido no dia 3 de fevereiro de 1994
Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque.
Jesus deu Sua vida por amor de nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque. Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas. E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto.
Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto. Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje - o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira.
Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção - tomando conta da mãe e da adoção de seu bebê. Nós temos salvo milhares de vidas. Nós mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: “Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela.” Nós sempre temos alguém para dizer para as mães em dificuldade: “Venha, nós tomaremos conta de você, nós conseguiremos um lar para seu filho”. E nós temos uma enorme demanda de casais que não podem ter um filho - mas eu nunca dou uma criança para um casal que tenha feito algo para não ter um filho. Jesus disse: “Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe”.
Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal se recusa a receber Jesus. Por favor, não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor, me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela. Só de nosso lar de crianças em Calcutá, nós salvamos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram tanto amor e alegria para seus pais adotivos e crescem tão cheias de amor e de alegria. Eu sei que os casais têm que planejar sua família e para isto existe o planejamento familiar natural. A forma de planejar a família é o planejamento familiar natural, não a contracepção. Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e mulher devem voltar a atenção entre si como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente segue-se o aborto.
Eu sei também que existem enormes problemas no mundo - que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planejamento familiar natural. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos trazer o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos às pessoas para praticarem a contracepção e o aborto.
Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: “Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um auto-controle por amor de um ao outro.” E o que esta pobre pessoa disse é a pura verdade.
Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas eles ainda podem ser ótimas pessoas quando são espiritualmente ricos. Quando eu tiro uma pessoa da rua, faminta, eu dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada, a pessoa que foi colocada para fora da sociedade - esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com freqüência vem da contracepção, faz uma pessoa se tornar pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer. Se nos lembrarmos que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo. Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos - a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!”(Fonte:<<http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/02/18/discurso-de-madre-teresa-de-calcuta/>>).
***
Pe. Luís Carlos Lodi da Cruz: perguntas e respostas sobre a Pílula e o Aborto                      Anápolis, 24 de junho de 1991                                                                    (www.providaanapolis.org.br)
1. Para que serve a união sexual?
Para exprimir o amor entre os cônjuges e para transmitir a vida humana.

2. Toda relação sexual tem que gerar filhos?
Não necessariamente. Mas é ela deve estar sempre aberta à procriação. Senão ela deixa de ser um ato de amor para ser um ato de egoísmo a dois.

3. Uma mulher depois da menopausa não pode mais ter filhos. Ela pode continuar a ter relações sexuais com seu marido?
Pode. Pois não foi ela quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que a tornou infecunda.

4. Um homem que tenha o sêmen estéril não pode ter filhos. Mesmo assim ele pode ter relação sexual com sua esposa?

Pode. Pois não foi ele quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que o tornou infecundo.

5. E se o homem ou a mulher decidem por vontade própria impedir que a relação sexual produza filhos?
Neste caso eles estarão pecando contra a natureza. Pois é antinatural separar a união da procriação.

6. Quais são os meios usados para separar a união da procriação?
Há vários meios, todos eles pecaminosos:

a) o onanismo ou coito interrompido: consiste em interromper a relação sexual antes da ejaculação (ver Gn 38,6-10);

b) os métodos de barreira, como o preservativo masculino (condom ou "camisinha-de-vênus"), o diafragma e o preservativo feminino;

c) as pílulas e injeções anticoncepcionais, que são substâncias tomadas pela mulher para impedir a ovulação.

7. Como é que a pílula anticoncepcional funciona?
A pílula anticoncepcional é um conjunto de dois hormônios - o estrógeno e a progesterona - que a mulher toma para enganar a hipófise (uma glândula situada dentro do crânio) e impedir que ela produza o hormônio FSH, que faz amadurecer um óvulo. A mulher que toma pílula deixa de ovular, pois a hipófise está sempre recebendo a mensagem falsa de que ela está grávida.
8. A pílula é um remédio para não ter filhos?
Não é um remédio, mas um veneno. Você não chamaria de remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer o coração parar de bater ou para fazer o pulmão deixar de respirar. O que a pílula faz é que o ovário (que está funcionando bem) deixe de funcionar. Logo ela é um veneno.

9. Quais são os efeitos deste veneno?
Além de fechar o ato sexual a uma nova vida, a pílula traz graves conseqüências para a saúde da mulher. São elas:
- doenças circulatórias: varizes, tromboses cerebrais e pulmonares, tromboflebites, trombose da veia hepática, enfarto do miocárdio
- aumento da pressão arterial
- tumores no fígado
- câncer de mama
- problemas psicológicos, como depressão e frigidez
- obesidade
- manchas de pele
- cefaléias (dores de cabeça)
- certos distúrbios de visão
- aparecimento de caracteres secundários masculinos
- envelhecimento precoce

10. É verdade que as pílulas de hoje têm menos efeitos colaterais do que as de antigamente?
É verdade. Para reduzir os efeitos colaterais, os fabricantes diminuíram a dose de estrógeno e progesterona presentes na pílula. Isto significa que cada vez menos a pílula é capaz de impedir a ovulação.

11. Assim as mulheres de hoje que usam pílula podem ovular?
Podem. E caso tenham relação sexual podem conceber. Mas quando a criança concebida na trompa chegar ao útero, não encontrará um revestimento preparado para acolhê-la. O resultado será um aborto.
12. Então a pílula anticoncepcional é também abortiva?
Sim. Este é um dos seus mecanismos de ação: impedir a implantação da criança no útero. Isto está escrito, por exemplo, na bula de anticoncepcionais como Evanor e Nordette: "mudanças no endométrio (revestimento do útero) que reduzem a probabilidade de implantação (da criança)". A bula de Microvlar diz: "Além disso, a membrana uterina não está preparada para a nidação do ovo (a criança)".

13. Em resumo, quais são os mecanismos de ação das pílulas ou injeções anticoncepcionais?
a) inibir a ovulação; b) aumentar a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides; c) impedir a implantação da criança concebida (aborto).

14. Existem dias em que a mulher não é fértil. Nesses dias o casal pode ter relação sexual?
Pode. Pois ao fazer isso eles não colocam nenhum obstáculo à procriação. A própria natureza é que não é fértil naqueles dias.

15. O casal pode procurar voluntariamente ter relações sexuais somente nos dias que não são férteis, a fim de impedir uma nova gravidez?
Pode, mas deve ter razões sérias para isso. Pois em princípio um filho não deve ser "evitado", mas desejado e recebido com amor. Uma família numerosa sempre foi considerada uma bênção de Deus.

16. Dê um exemplo de razões que seriam válidas para se limitar ou espaçar os nascimentos.
Problemas sérios de saúde, que poriam em risco a vida da mulher em uma nova gravidez; ou problemas financeiros sérios (que impedissem de fato que o casal sustentasse uma família numerosa).

17. Um casal poderia utilizar um método natural sem ter nenhum motivo sério para ter poucos filhos?
Não. Se fizesse isso estaria frustrando o plano de Deus, que disse: "Crescei e multiplicai-vos". O normal para um casal é ter muitos filhos.

18. É mais fácil educar um só filho do que muitos?
Não. Um filho único está arriscado a ser uma criança problema. Recebe toda a atenção dos pais e não está acostumado a dividir. Poderá ter dificuldade no futuro ao ingressar na sociedade. Já um filho com muitos irmãos acostuma-se desde pequeno às regras do convívio social. Os irmãos maiores ajudam a cuidar dos menores, e todos crescem juntos.
19. Quantos métodos naturais existem para regulação da fertilidade?
a) o método Ogino Knauss, ou método da tabela. É o mais antigo de todos e supõe que a mulher tenha um ciclo menstrual regular. Hoje seu uso está abandonado. Estranhamente, a Pastoral da Criança resolveu ressuscitá-lo sob o nome de "método do colar".

b) o método da temperatura: baseia-se na observação da temperatura da mulher, que varia quando ocorre ovulação. Inconvenientes: necessidade de se ter um termômetro, saber usá-lo, lembrar-se de usá-lo diariamente à mesma hora e saber fazer um gráfico. Além disso, a temperatura pode variar por outros motivos, como uma gripe ou a ingestão de um analgésico. O aparelho Mini-Sophia é uma versão eletrônica e computadorizada do uso deste método.

c) o método Billings, que se baseia na observação do muco cervical, que torna-se fluido e úmido nos dias férteis, e seco nos dias infeteis. Não exige que o ciclo menstrual seja regular. Pode ser usado pelos casais mais pobres e mais incultos.

20. É verdade que o método Billings "não funciona"?
"Não funciona" para os fabricantes de anticoncepcionais, que não querem perder seus lucros. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a eficiência do método é de 98,5 %. Ele foi testado em diversos países como Filipinas, Índia, Nova Zelândia, Irlanda e El Salvador.

21. Mas não é muito mais cômodo tomar a pílula anticoncepcional do que abster-se de relações sexuais em certos dias?
Sem dúvida é mais cômodo. Mas o verdadeiro amor se prova pelo sacrifício.

22. E se a mulher engravidar apesar de usar o método natural?
O filho deve ser recebido com amor e alegria. Aliás, o casal já deveria estar contando com esta possibilidade. A atitude de abertura à vida é fundamental para o verdadeiro amor.


Depois de ter bebê:

Depois que V. der à luz ao seu bebê, vai passar por um período de sangramento chamado “lóquia”. Quando acabar, v. já pode começar os registros na própria quarentena, pois é bom aproveitar esse período de abstinência obrigatória para que V. descubra qual o seu Padrão Básico de Infertilidade (PBI).

No período de amamentação, é comum esse PBI variar, ter sangramentos intermitentes que não são decorrentes de menstruação, etc. É importante que v. não se esqueça que seu corpo está se esforçando para ovular e que está em período pré-ovulatório.

Assim, durante o pós-parto, v. vai utilizar mais duas das três regras do método. Serão as regra 3 e 2:

Regra 3: evitar relação sexual em qualquer dia de fluxo ou sangramento que interrompa o Padrão Básico de Infertilidade. Espere 3 dias de PBI antes de reiniciar as relações sexuais;

Regra 2: noites alternadas estão disponíveis para relação sexual, quando estes dias forem reconhecidos como inférteis.

Isso vai acontecer até v. identificar um dia ápice que se reconhece por uma mudança progressiva na sensação de fertilidade que atinge um pico e depois regride.

Nesses gráficos, registre também quando for introduzir algum alimento ao bebê, quando a frequencia das mamadas diminuir ou mesmo quando for desmamá-lo.

Alimente bem o seu bebê, se hidratando, antes, durante e depois das mamadas. Amamente-o com tranquilidade, cada mamada dura cerca de 40min, porque o bebê estimula a auréola e depois pára um pouco para receber o leite que vem jorrando. Ou seja, quando ele fica com a boca paradinha no peito, muitas vezes não significa que não esteja mais mamando. Tenha paciência. Amamente sempre alternando as mamas, para não correr o risco do leite endurecer na sua mama. Ou seja: o bebê acabou na última mamada na mama esquerda, agora quer mamar de novo: dê a mama direita.

Curta seu filho, faça bons registros, fique tranquila e use o metodo de billings!

***

ORAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II PELA FAMÍLIA

“Ó Deus, de quem procede toda a paternidade no céu e na terra.

Pai, que és amor e vida, faze que cada família humana sobre a terra se converta, por meio de Teu Filho, Jesus Cristo, nascido de mulher e mediante o Espírito Santo, fonte da caridade divina, em verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que sempre se renovam.

Faze que tua graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo.

Faze que as jovens gerações encontrem na família apoio para sua humanidade e para seu crescimento na verdade e no amor.

Faze que o amor, reafirmado pela graça do sacramento do matrimônio, se revele mais forte que qualquer debilidade e qualquer crise, pelas quais às vezes passam nossas famílias.

Faze, finalmente, Te pedimos por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que a Igreja, em todas as nações da Terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio da família.

Tu, que és a vida, a verdade e o amor, na unidade do Filho e do Espírito Santo”.

Amém





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Catecismo da Igreja Católica. São Paulo, 2000: Loyola, Edição típica vaticana.

BILLINGS, Evelyn. & BILLINGS, John. Ensinando o Método de Ovulação Billings, Parte II. São Paulo, 1998: Paulus, 2ª edição.

BILLINGS, Evelyn & WESTMORE, Ann. O Método Billings, controle da fertilidade sem drogas e sem dispositivos artificiais. São Paulo, 2004: Paulus, 11ª edição.

BILLINGS, John. Planejamento Natural da Família. São Paulo, 1980: Paulinas.

FIDAF. Planificación Familiar Natural: Guía para su práctica. Colômbia, 1980: Fundación Carvajal, Programa de Acción Familiar

CRUZ, Luis C.L.da. Natal: a salvação veio de uma gravidez “não planejada”. Pró-Vida Anápolis, Anápolis, 18 dez. 2006. Disponível em: <<http://www.providaanapolis.org.br>>. Acesso em: 06 ago. 2007.

TRUJILLO, Alfonso L. Sexualidade Humana: Verdade e Significado, orientações educativas em família. Cidade do Vaticano, Roma, 08 dez. 1995. Disponível em:<<http://www.vatican.va>>. Acesso em 06 ago. 2007.

SANTAMARIA, Dionísio e GIBBONS, Guilherme. Integridade na Transmissão da Vida. São Paulo, 1981: Paulinas.

AQUINO, Felipe. O Método Natural Billings. Cleofas. São Paulo, 05 dez. 2006. Disponível: <<http://www.cleofas.com.br>>. Acesso em 06. ago. 2007.

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